Cantora, compositora, curadora, produtora, ativista, atriz e empresária: essas são apenas algumas das personas que coexistem dentro de Larissa Luz. Contemplando um discurso potente de empoderamento, ancestralidade e afrofuturismo, a soteropolitana contabiliza 10 anos de carreira. Período este que serviu para que ela compreendesse que as possibilidades de expressão e existência são múltiplas e complexas. As mensagens podem chegar, por exemplo, por meio dos discos Mudança (2012), Território Conquistado (2016) e Trovão (2019) – ou então pela maneira como atua (em 2018, Larissa conquistou os palcos Brasil afora ao interpretar Elza Soares no celebrado musical “Elza”). O discurso da artista também ecoa enquanto curadora. Em 2020, ela foi a responsável pelo line-up da primeira edição brasileira do AFROPUNK, um dos principais eventos de cultura negra do mundo. Agora, a inquietude segue calibrada para os passos que vêm por aí, fazendo de Larissa Luz a personificação da célebre frase de Angela Davis que diz que “quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”.